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MÁRIO AUGUSTO DE OLIVEIRA E SOUSA

Mário Augusto de Oliveira e Sousa, Iniciou funções docentes nas escolas móveis, criadas pela Republica, completando depois o curso normal na Guarda.

Professor oficial, exerceu na Guarda, no ensino primário superior, até se transferir para Lisboa, onde se manteve até ao final da vida.

Tendo mantido ligações, aos círculos anarquistas, a sua vinda para a capital permite-lhe uma proximidade com iniciativas no campo da educação popular: a Universidade Popular Portuguesa, a Escola-Oficina n.º1 e, sobretudo, "A Voz do Operário".

Simultaneamente, tem uma participação muito activa no movimento associativo docente, designadamente na União dos Professores de Portugal.

Em 1929, surge como editor da revista mensal "Educação", projecto efémero da União Educativa Portuguesa.

Divide a formação dos professores, em três dimensões - cultura geral, cultura especializada e treino prático.

Em necrologia, publicada no jornal "A capital" , diz-se que ele era "um espírito indagador e aberto aos problemas sociais e humanos, estudioso da pedagogia moderna e defensor da democratização do ensino".

Nos assuntos educativos, assinala quatro ideias:

  • A sua defesa da democratização do ensino e a sua indignação pela existência de 3000 professores no desemprego, num país com 75% de analfabetos.
  • O seu incentivo às universidades livres e populares e esforço de alfabetização e de educação popular nelas realizado. 
  • A sua perspectiva de uma educação mais ampla das mulheres, no quadro de uma nova visão dos seus direitos sociais e políticos.
  • O seu apoio ao movimento associativo docente e a sua adesão ao movimento associativo docente e a sua adesão aos princípios de designação profissional e de descentralização do ensino através das "juntas escolares" e não de uma "concepção municipalistas".

Numa das suas obras deixa um conjunto de "Máximas para os alunos das escolas primárias superiores", onde se faz a apologia da arte, da higiene do corpo e da democratização do ensino, considerando-se essencial a luta contra as bebidas alcoólicas, os excessos de alimentação e outras tendências perniciosas para a formação das crianças.

BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL
  • "O meu jornal - Para a história do povo português" (1925), guarda, manuscrito inédito na posse da família de Mário de Oliveira.;
  • "Anomalias do nosso tempo" (1929);
  • "Apesar de Tudo", Educação nº1 e 2.
  • "A escola Única - Uma nova ideia "Pedagógico-social " (1933);
  • "Adulto (O ensino do)";
  • "Analfabetismos",
  • "Competências profissionais" in Enciclopédia Pedagógica Progredior (1936) Porto.