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ANTÓNIO MENDES BELO

Cardeal-patriarca de Lisboa, nasceu em S. Pedro de Gouveia, a 18 de junho de 1842, filho de Miguel Mendes Belo e de Rosalina de Almeida Mota; e morreu em Lisboa, no paço do Campo de Santana, a 5 de agosto de 929.

Em 1856 entrou no seminário de Coimbra, onde fez os preparatórios, e em 1862 concluiu o curso eclesiástico.

Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra, que frequentou de 1866 a 1870.

Concluída a formatura, entregou-se à advocacia na sua terra natal.

Em 1871 foi despachado professor do liceu do Funchal; em 1873, nomeado professor de Teologia no seminário de Elvas; em 1874, escolhido para governador do bispado de Pinhel e em 1881, transferido para o governo da diocese de Aveiro.

Nomeado vigário geral do patriarcado e arcebispo de Mitilene em 1883, foi preconizado e sagrado em 1884.

Poucos meses depois foi eleito bispo do Algarve e a 2 de fevereiro de 1885 fez a entrada solene na catedral de Faro até ir para a Sé de Lisboa em 1907.

Foi criado cardeal in petto no consistório secreto de 27 de novembro de 1911, com nomeação reservada em virtude dos acontecimentos da política portuguesa.

Tendo protestado contra a formação das «culturais» , foi expulso por 2 anos de Lisboa, por dec.

Estabeleceu-se então perto de Santarém; regressou a Lisboa em 1914.

Em 1914 partiu para Roma, a fim de tomar parte no consistório para a eleição de novo pontífice, e foi já Bento XV quem, em setembro, impôs o barrete e o chapéu cardinalício, com o título dos Santos  Marcelino e Pedro.

Em 1918, dirigiu ao presidente da república Sidónio Pais, uma mensagem a respeito das injustiças e violências sofridas pela igreja em Portugal desde a implantação do novo regime.

Voltou a Roma para o consistório em que foi eleito Pio XI (fevereiro de 1922) e com a peregrinação nacional do Ano Santo (Maio 1925).

  • Presidiu ao Concilio Plenário Português, celebrado em Lisboa em 1926, e a vários congressos religiosos. Durante a 1ª Guerra Mundial tomou a iniciativa da assistência religiosa aos soldados Portugueses em campanha. Formou a Comissão Nacional de Assistência. São notáveis muitas das suas cartas-pastorais e alguns discursos. Pertenceu à Academia das Ciências de Lisboa.