Assentou praça, como voluntário, no regimento de infantaria 14, em Setembro de 1886.
Em 1891, sendo 2.º sargento de infantaria 18, foi um dos mais activos elementos da revolta de 31 de Janeiro no Porto, pelo que respondeu em conselho de guerra, no tribunal de Leixões, sendo condenado a três anos de degredo em possessão de 1.ª classe cumprindo a pena em Luanda e Benguela.
Em Novembro de 1910 foi reintegrado no exército, com o posto de tenente, e, em 10 de Maio de 1913, foi nomeado governador da província de S. Tomé, cargo que ocupou, com honestidade, até 12 de Março de 1918, esforçando-se sempre por dotar a colónia de indispensáveis melhoramentos.
Foi um dos devotados propagandistas que percorreram o pais em defesa da eleição para as constituintes, das quais fez parte, com deputado, eleito por Pinhel.
Possuidor de importantes propriedades em S. Tomé, a sua roça, de café e cacau, caracterizava-se pela utilização de todos os progressos agrícolas.
Em Gouveia, foi o impulsionador e benemérito doador de importantes melhoramentos, como:
- a iluminação eléctrica;
- a construção de escolas;
- a construção de fontes;
- a construção de um vasto sanatório, no Farvão, a que dedicava apaixonado entusiasmo;
- prestou ainda valiosos auxílios ao hospital civil.
Era irmão de Fernão Amaral Boto Machado.